Para uma criança talvez, quantas vezes serão mais precisas dizer-lhe o que está correcto e o que está errado? Talvez muitas sejam poucas, talvez seja uma perda de tempo. Pois é uma criança, uma simples criança, ingénua e inconsciente do que faz.
Mas eu não. Eu sei o que faço. Sei que já errei muito, mas que também já erraram comigo. Sei que tive atitudes que nem uma criança de 6 anos tinha, mas que também já as tiveram comigo. Sei que tenho andado estúpida , chateada, aborrecida, whatever. Tudo se deve há minha falta de compreensão comigo e com os outros (peço desculpa a algumas pessoas por isso*) . Deve-se à minha exaustão diante certas pessoas. Deve-se a eu ter andado “inquietada” com todos, e agora todos estranharem a falta dessa inquietação. Não sei, parece que já ninguém se preocupa com ninguém. A verdade é que tenho de mudar, tenho mesmo de mudar. Ou então vou acabar por perder os que mais idolatro, que já são poucos…
Mas vendo as coisas (como mais me parecem) a vida é assim. Feita de erros, imperfeições, equívocos, cabeçadas na parede, falhas.
Deixem-me errar, porque é com os erros que se aprende. Não vale a pena dizerem-me as coisas mil e uma vezes, sou como uma criança, caio e levanto-me, reflicto no que fiz, e chego às minhas próprias conclusões sozinha. Aprendo, e talvez, não volte a fazer o mesmo. Mas tal como uma criança, sou ingénua, e caio. Não faz mal, há mais dias para viver, muito mais para descobrir. A única pessoa que é verdadeira para mim, sou eu mesma. Um dia, os que eu pensava serem mais verdadeiros, vão embora. E depois? Depois os que nem sempre estiveram comigo, mas que vieram para ficar, esses serão os mais verdadeiros.










No fim, todos nós aprendemos com a vida. Todos os momentos que nos proporcionaram ou nós nos proporcionamos a nós próprios, bons ou maus, serviram para alguma coisa. Todos nós teremos uma “história” para contar aos nossos netos, ou quem sabe aos nossos bisnetos (…)
Então para mim, quantas vezes serão mais precisas dizer “não faças isso, vais arrepender-te”? As vezes que quiserem, sei que vou cair, e que embora doa, vou ser eu própria que me vou levantar. Ninguém é de ninguém, podemos ter muita a gente a apoiar-nos, mas o nosso único e grande apoio, é sempre o nosso coração, o único que suporta (ou não) todo o tipo de sentimentos e reacções, o único que sabe tudo de nós.

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